Contraltos
Contralto é o timbre feminino mais pesado, e soa quase que com a plenitude de uma voz masculina. É um timbre robusto e vigoroso. Sua extensão aguda é curta e compensada no registro grave. Não tem divisão interna por timbre, e raramente canta papéis em óperas. Sua extensão usual é do Fá2 ao Sol4.
Existem apenas dois tipos de contralto, que se diferenciam pelo o seu agudo e pelo seu grave, são eles mezzo-contralto e contralto profundo.
- Meio-contralto (do italiano mezzocontralto, com o mesmo significado) é o timbre de voz intermediário entre o meio-soprano e o contralto. Correspondendo ao baixo-barítono, de fato é um contralto com âmbito de meio-soprano, não o contrário. Sua tessitura usual é do Eb2 ao A4.
- Contralto virago é o timbre de contralto com uma extensão muito grande trata-se de uma anomalia vocal extremamente rara que por certa peculiaridade anatomo-fisiológica possui um registro vocal extremamente grande, o timbre natural é na tessitura do contralto com graves de cor baritonais e uma extensão generosa emitindo até o Sib1 e no registro agudo uma extensão ainda mais excepcional podendo emitir até o Dó6, dos casos conhecidos o mais recente é o de Yma Sumac, que desenvolveu um repertório todo especial. A tessitura do Contralto Virago estende desde a tessitura do Tenor (às vezes do Barítono), até o soprano leggero. Sua tessitura usual é do Lá1 ao Dó6.
* Dúvidas sobre Contralto:
1- Sou um contralto, porém tenho dificuldades de me manter na minha voz. O que fazer?
Você não conseguir manter-se no contralto não significa que você não é contralto. Trabalhar uma segunda voz demanda tempo e experiência, pois é necessário desenvolver a "percepção harmônica", e isso vem com a prática e com o tempo. Algumas pessoas são muito intuitivas e conseguem fazer outras vozes sem muito esforço, mas quem não é assim precisa estudar muito. O ideal é você colocar cds onde existem vocais abertos, pra você tentar cantar as vozes do contralto, junto com o CD. Vá cantando uma mesma canção e vá abaixando o volume do rádio, até sua voz ficar mais alta que a voz do CD, sempre executando a outra voz (independente de ser contralto ou não); chamamos isso de "muleta", chega uma hora que você não vai mais precisar dela, mas no início sim. Se você tiver um instrumento, toque duas notas juntas e cante uma delas, preferencialmente a mais grave. Quando já tiver pego o som, pare de tocar a que você está cantanto e apenas toque a outra nota, procure manter-se na mesma nota, vá tocando a outra de vez em quando pra conferir se você está se mantendo no som. Esses exercícios são um pouco maçantes mas são exelentes pra desenvolver a percepção harmônica. Quando você estiver tirando de letra com duas notas, tente colocar três, toque duas e cante uma, e assim sucessivamente.
2- Um contralto pode fazer solos? E como posso me sentir segura ao executá-los?
Quanto a fazer solos, é necessário saber se a música está na tonalidade adequada à sua voz. Se estiver muito difícil de cantar a canção pelo fato de não alcançar notas, será necessário transpor o tom da canção. Não há nada de errado com isso. Deus criou você com uma tessitura vocal, e você precisa acostumar-se e adequar-se a esta qualidade. Cantar solos também demanda tempo, pois quanto mais você canta, mais segura fica de suas capacitações e de até onde pode ir. Outro fator que interfere muito na execussão de um solo é o costume de ouvir a própria voz amplificada. Quando ouvimos nossa voz na ambiência, temos uma referência interna do som, ou seja, ele passa primeiro pelos nossos ouvidos "internos" e depois sai pela boca, essa é sua trajetória. Ouvimos o som que sai da boca depois, somado ao de dentro de você e isso causa uma impressão diferente de som. Quando cantamos no microfone, a impressão externa do som está mais alta que a interna, e passamos a ouvir o som como as outras pessoas ouvem. Quando ouvimos uma gravação da nossa voz, temos a forma exata do som, tal qual as pessoas ouvem, pois não temos mais a referência interna. Isto posto, a sua voz é aquela mesma, não há nada de estranho no microfone ou na gravação, acostume-se ao som, pois não tem como modificá-lo, foi assim que Deus fez sua voz. Muitas pessoas acabam ficando estressadas com microfone e gravação por este motivo, e colocam a culpa no técnico de som, na marca do microfone, na posição dos monitores, mas, salvo algumas excessões, não há nada de errado. Fazer solos é uma soma de técnica vocal, esperiência com o palco e como músico, consciência do próprio som e criatividade. Primeiro: aceite sua voz como ela é; segundo: cante muito!; terceiro: busque sempre formas de ampliar seus horizontes vocais, trabalhando a ampliação da sua tessitura, da sua emissão e o arsenal de idéias próprias; quarto: nunca cante uma canção acima ou abaixo da sua zona de conforto vocal, principalmente sem aquecimento; quinto: faça sempre aquilo que lhe é comum num solo, não procure fazer arranjos muito elaborados se você não domina a técnica, primeiro domine a técnica e depois coloque isso na canção. Cantar ao vivo também não é um ensaio, deixe pra esperimentar idéias antes de cantar ao vivo, pois a música fica cansativa se você ficar tentando colocar tudo o que é arranjo num solo só; apele sempre pra simplicidade no início, depois deixe a música crescer por si só e pedir aqueles adornos que sempre são muito agradáveis quando surpreendem; sexto: não seja óbvio demais, "copiando" as idéias do cantor original de uma canção; tenha seus próprios arranjos e, quando não, seja simples porém autêntico na sua interpretação. Por fim, seja Jesus o alvo de suas canções e de sua adoração, faça sempre o melhor pra Ele, e isso salvará você das críticas humanas e das comparações infelismente tão comuns dentro da igreja, aceite aquilo que é para o seu crescimento, sejam críticas ou idéias, mas saiba separar isso da mesquinhez dos sentimentos humanos. Seja como for, seja você. E você para Ele.
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